Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprova projeto de construção de novo autódromo

Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprova projeto de construção de novo autódromo

Vereadores da cidade do Rio de Janeiro aprovaram o Projeto de Lei Complementar

autodromo rio de janeiro

Local escolhido para a iniciativa está localizado no bairro de Guaratiba (Foto: DIVULGAÇÃO/CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO)Copiar LinkEscrito por Grande Premio

• Publicada em 06/06/2024 – 23:36 • Rio de Janeiro (RJ)

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou, no começo da noite desta quinta-feira (6), o Projeto de Lei Complementar 162/2014, que designa a construção de um novo autódromo na cidade. O local escolhido para a iniciativa está localizado no bairro de Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A aprovação foi realizada em primeira votação, mas o texto ainda será debatido novamente numa segunda votação em data a ser definida.

➡️ Siga o Lance! no WhatsApp e acompanhe em tempo real as principais notícias do esporte

De acordo com o projeto, o local destinado à construção do autódromo ficou delimitado entre a Avenida Dom João VI, a Estrada da Capoeira Grande, a Estrada da Matriz e a Rua 74 do PAL 18.529, correspondendo a uma área de aproximadamente 2.210.025 m². É bem próximo da estação de BRT Mato Alto.

➡️ Sai DRS, entra MOM: FIA explica novo sistema de ultrapassagem da F1 para 2026

– O Rio não pode ficar de fora do universo do automobilismo, que movimenta mais de R$ 1 trilhão no mundo todo por ano. São empregos em uma série de eventos, que incluem Fórmula 1, Stock Car, drift, motociclismo, sem falar da possibilidade de shows e outras atividades culturais. Com o diferencial de este ser um projeto alinhado com as exigências de sustentabilidade ambiental – afirmou o presidente da Câmara, Carlo Caiado (PSD-RJ). Caiado é do mesmo partido do prefeito Eduardo Paes.

– Do ponto de vista ambiental, esta proposta é melhor do que o projeto previsto ali para aquela região de construção de habitação porque teria um impacto ambiental muito maior do que a construção – comentou o vereador Edson Santos (PT-RJ).

Mais:  Amazonas e Brusque decidem Série C 2023

– Ele poderá e deverá mitigar a questão ambiental ali com a recuperação de manguezais, algo fundamental para Guaratiba. Uma outra questão importante de se colocar é a urbanização do entorno ali da região, sem a previsão de remoção das famílias ali colocadas, elas devem continuar ali e se há pessoas em situação de dificuldade e vivendo em moradias precárias, o autódromo deve contribuir para a melhoria das condições de habitação ali – completou.

Quem também se manifestou foi o secretário municipal de coordenação governamental, Jorge Arraes.

– Falamos sobre duas questões: uma que é o reforço de estações do BRT previstas como contrapartida no projeto de lei e também uma derivação do futuro VLT Transoeste que vai substituir o BRT em um projeto que estamos fazendo com o BNDES. A ideia é que ali tenha um ramal, uma derivação para atendimento específico do autódromo – explicou.

– O projeto prevê uma obrigação do privado de preservar e tomar conta daquela área. Mas no processo de licenciamento, obviamente, todas as questões e condicionantes ambientais serão levantadas, seja por um EIA/RIMA ou por um licenciamento ambiental do município – finalizou.

Na semana passada, durante uma audiência pública na Câmara Comunitária da Barra da Tijuca, o Projeto de Lei Complementar 162/2024 teve seus detalhes apresentados. A Câmara do Rio de Janeiro começou a discutir o PLC na semana passada, um mês após o mesmo ter sido publicado no Diário Oficial e enviado ao Legislativo pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes (PSD).

Outras intervenções também serão necessárias, como a chegada de estações do BRT e incentivo a shows e atividades culturais no espaço durante as lacunas do calendário de corridas, o que, de acordo com o presidente da Câmara dos Vereadores, Carlo Caiado (PSD), levará desenvolvimento não só à região, mas à cidade do Rio como um todo.

De acordo com Sérgio Dias, engenheiro que apresentou a proposta, além de eventos esportivos e de outras naturezas, o projeto também prevê uma série de compensações ambientais, incluindo um plano de replantio e preservação de áreas verdes existentes no entorno — principalmente uma área de manguezal que abrange cerca de 43.000 m².

Mais:  Fortaleza e Palmeiras empatam pelo Brasileirão Assaí

autodromo rio

(Foto: Reprodução/Câmara do Rio de Janeiro)

Com base nas informações técnicas que também foram apresentadas, o traçado da pista teria uma extensão de pouco mais de 5 km, além de uma área de 3.981 m² destinada ao paddock, outra de 5.090 m² para os boxes — total de 23 garagens —, uma terceira de 644 m² para sala de imprensa e, por fim, 450 m² para salão nobre. O local ainda teria capacidade de receber 18.600 espectadores, com 1.922 vagas de estacionamento, além de kartódromo e pista de motocross.

O Rio de Janeiro não tem autódromo desde o fechamento de Jacarepaguá, em 2012. Apesar da pista ter recebido a Fórmula 1 na década de 1980, o famoso circuito acabou desativado para a construção de obras para os Jogos Olímpicos de 2016. Uma promessa de construir uma nova pista na cidade surgiu, mas não se concretizou até hoje.

De acordo com o projeto, o plano é que toda a iniciativa seja uma Operação Urbana Consorciada, assim como foi feito no Rio de Janeiro com o Parque Olímpico e o Porto Maravilha. A realização de audiências é prevista no Estatuto das Cidades e no Plano Diretor, recentemente aprovado, para que haja transparência e controle maior sobre toda a operação.

+100R$
+50R$
+120R$
+75R$
$